Tu Poema de Amor

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SONETO

Dedicado a Anna da Cunha

 

"Ontem, quanto, soberba, escarnecias

Dessa minha paixão, louca, suprema,

E no teu lábio, essa rosa da algema,

A minha vida, gélida prendias...

 

Eu meditava em loucas utopias,

Tentava resolver grave problema...

Como engastar tua alma num poema?

E eu não chorava quando tu te rias...

 

Hoje, que vives desse amor ansioso

E és minha, só minha, extraordinária sorte,

Hoje eu sou triste, sendo tão ditoso!

 

E tremo e choro, pressentindo, forte

Vibrar, dentro em meu peito, fervoroso,

Esse excesso de vida, que é a morte..."